quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Um grande apagão - o Brasil sem energia no Nordeste por algumas horas - falha humana?

Hoje, 28 de agosto de 2013, um enorme apagão no Nordeste do Brasil. Vão dizer que foi falha humana, sim, de planejamento, de gerenciamento de obras, de competência governamental, especialista em atrapalhar, talvez até de carteis que, quem sabe, induzem o Governo Federal a tomar decisões erradas.
Por sorte de nossas elites energéticas o povo não entende a complexidade do Setor Elétrico, Energético em geral assim como de outros serviços essenciais sendo usados a favor de corporações e indústrias de todas espécie.

http://estadao.br.msn.com/economia/apag%C3%A3o-atinge-a-regi%C3%A3o-nordeste-do-pa%C3%ADs

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mais uma crise


De: Adriano Benayon [mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: terça-feira, 27 de agosto de 2013 00:14
Para: 'Josue AB'
Assunto: artigo: Mais uma crise

Mais uma crise
Adriano Benayon * - 26.08.2013
01. Transcorreu agora o  59º aniversário  do modelo dependente, implantado a partir de 24 agosto de 1954, data da deposição do presidente Getúlio Vargas.
02. O atual quadro da economia brasileira deixa clara a iminência de mais  uma devastadora crise externa, tão ou mais profunda que as anteriores, como a que levou à moratória submissa em setembro de 1982 (cessaram os pagamentos por falta de divisas), e a do  final de 1998 com o mesmo problema.
03. É o déficit (saldo negativo) com o exterior nas transações correntes (mercadorias, serviços e rendas) que faz explodir a dívida externa e suscitar a incapacidade de fazer face ao serviço dela sem sofrer a intervenção dos bancos estrangeiros e de seus colaboradores, como o FMI e o Banco Mundial.
04. De janeiro a julho de 2013, esse déficit ascendeu a U$ 52,5 bilhões, quantia quase  igual à do déficit total de 2012 (US$ 54,2 bilhões). Em 2013, ele já corresponde a 4% do PIB, sendo que no caso do Brasil sequer o PIB é nosso, pois a economia tem sido grandemente desnacionalizada.
05. O déficit cresce demais nos últimos anos. De 2008 a 2012, somou US$ 204,1 bilhões. No atual ritmo, 2013 poderá ultrapassar 50% do total acumulado nesses cinco anos.
06. Os déficits nas transações correntes são causados pela volúpia das empresas transnacionais de transferir lucros às suas matrizes,  nas sedes destas e em paraísos fiscais. 
07. Os lucros transferidos como lucros, embora imensos, são muito menores que os transferidos disfarçadamente em contas do balanço de serviços e no de mercadorias, através do subfaturamento das exportações e superfaturamento das importações e até mesmo de operações fictícias.
08. A característica do modelo dependente é a progressiva entrega dos patrimônios nacionais às empresas transnacionais. O mercado foi o primeiro desses patrimônios doados, através de incríveis privilégios, ao capital estrangeiro, começando com a liquidação da indústria automobilística nacional e a entrega do mercado às montadoras transnacionais no governo de Juscelino Kubitschek.
09. O senador Vasconcelos Torres (1920/1982) publicou em 1977 o livro “Automóveis de Ouro para um Povo Descalço”. Decerto “ouro” referia-se, não à qualidade dos automóveis, mas ao preço deles.
10. A p. 94 relatava o senador:
“a)  No exercício de 1962 foi registrado, no balanço  consolidado das onze empresas produtoras de veículos automóveis e caminhões, lucro de 65% em relação ao capital socialconstituído  por máquinas usadas, e aumentado posteriormente, com incorporações de reservas e reavaliação dos ativos.”
11. De fato, como tenho mencionado, as empresas estrangeiras da indústria automotiva e de outras indústrias -  favorecidas por instruções da SUMOC, o banco central à época) -   puderam, a partir de janeiro de 1955, importar equipamentos usados, de valor real zero, pois estavam há anos amortizados, e registrá-los, como se fossem investimento em moeda, pelo valor que declarassem.
12. Isso significa que o Brasil lhes deu um privilégio incrível, semelhante ao dos bancos, que ganham dinheiro criando dinheiro do nada, com lançamentos contábeis, ao conceder empréstimos.  Além disso, beneficiadas pelo custo real zero do capital e da tecnologia, as transnacionais esmagaram a concorrência de empresas locais.
13. Vasconcelos Torres, op. cit. p. 95, apresenta uma tabela referente aos balanços de 1963, comparativa de preços de venda da fábrica à distribuidora com os preços de venda do distribuidor ao público, abrangendo quatro montadoras, entre elas a Volkswagen, já então a maior produtora no Brasil.
14. O preço nas distribuidoras era mais de três vezes o preço na fábrica, valendo notar que os donos desta são os mesmos daquelas ou, no mínimo, têm participação naquelas.
15. Como se fosse pouco o que as transnacionais ganharam no Brasil nos anos 60, no final desse decênio, elas foram agraciadas com novos e colossais subsídios, através de isenções de IPI e ICM, nas importações de seus bens de capital e insumos, além de créditos fiscais,  na proporção das exportações.
16. Até hoje, novos subsídios juntam-se aos antigos e caracterizam o modelo dependente como aquele em que as empresas transnacionais recebem imensos prêmios, doações e dinheiro para explorarem o mercado sem concorrência, com seus carteis e oligopólios.
17. Por enquanto, as reservas no exterior se mantêm em US$ 370 bilhões e acima da posição da divida externa, de US$ 314 bilhões.  Mas isso significa desnacionalização galopante, pois decorre do brutal ingresso líquido de investimentos estrangeiros diretos (US$ 62 bilhões de janeiro a julho) e mais US$ 24 bilhões de investimentos estrangeiros em carteira (participações de capital).
18. Além disso, só é possível o balanço de pagamentos com saldos positivos, em vez de com enormes déficits, devido às aplicações estrangeiras em títulos de renda fixa.
19. Elas totalizaram US$ 20 bilhões de janeiro a maio. Dados os sintomas de crise, o Executivo suprimiu, em 04.06.2013,  o imposto sobre operações financeiras  - IOF  sobre essas aplicações, além de aumentar a taxa de juros. Com isso elas atingiram US$ 7,1 bi em junho, mas voltaram a declinar  para US$ 3,9 bilhões em julho. De janeiro a julho: US$ 31 bilhões.
20. Apesar de a maior parte das economias estrangeiras praticarem juros reais baixos e até negativos, no Brasil voltou-se a elevar a taxa básica dos títulos públicos: em julho, ela já foi para 8,5% aa, depois de ter baixado em 2012, ficando em 7,25% aa. até abril de 2013.
21. Nada pode justificar as elevações verificadas desde então, a não ser o fato de as autoridades monetárias agirem como serviçais dos bancos e dos aplicadores estrangeiros,  ou a dependência de ingressos de capital para fechar as contas externas, devido ao déficit nas transações correntes, causados pelo modelo desnacionalizante.
22. Parece claro, sem excluir a primeira hipótese, que a segunda desempenha influência determinante. Tal como ocorre com os viciados em cocaína e outras drogas, o Brasil, submetido ao modelo dependente, agrava cada vez mais a dependência, recorrendo a doses cada vez maiores de  drogas (capital estrangeiro).  Para isso, oferece a ele cada vez mais benesses para atraí-lo.
23. A usual desculpa da inflação é mais furada que queijos Emmenthaler e  Gruyère, pois, além de ela apresentar-se em queda antes dos aumentos na taxa de juros, estes não levam à redução da alta dos preços.
24. A maligna dependência não se limita a produzir crises externas, como as que contribuíram para pôr de joelhos os submissos governos brasileiros, como em 1982, culminando com os inqualificáveis Collor e FHC a entregar de graça às transnacionais patrimônios públicos inalienáveis, conforme exigiram os governos imperiais, coadjuvados por Banco Mundial e FMI. A política submissa continua sob os governos petistas.
25. Por que os desastres produzidos pela dependência não se limitam a isso? Porque ela faz crescer exponencialmente a dívida pública interna, o que ocorre não só quando o capital estrangeiro aplica em títulos do Tesouro - e este os emite -  mas também em função das altas taxas de juros, expediente “justificado”  pela “necessidade de atrair aquele capital”.
26. Terminou o espaço, e assim não posso aditar ao que tenho escrito sobre a imperiosidade de se anular o último leilão de petróleo e de cancelar o marcado para outubro, na área do pré-sal. Tenho só de conclamar os compatriotas a participar das ações dos  que estão lutando nessa direção. Não só as ações judiciais, mas também as que transcendam as atuais regras legais.
27. E ainda não é desta vez que resumirei a fraude em que os governos entreguistas transformaram o setor de energia elétrica, criando um caótico sistema de preços, “de mercado”, com o intuito de favorecer grandes empresas, principalmente estrangeiras, as quais, enquanto sugam o País, extinguem o seu futuro, acabando com sua infraestrutura.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Responsabilidades e cidadania

Administração das cidades, cidadania e o 156 ou 0800
Quanto custa a máquina administrativa que deveria zelar pelos serviços essenciais (Serviços Essenciais) e a estrutura comunitária em todos os níveis gerencias da nação (da frente da casa à União)?
Um fenômeno talvez mundial seja o da alienação, leniência e submissão pura e simples. O medo gera processos educativos servis e passivos. O comodismo, por sua vez, mais o temor de fantasmas talvez sejam o principal suporte da omissão que gera cidades tenebrosamente mal servidas e descuidadas.
Curitiba é uma cidade considerada “de Primeiro Mundo”, será? Com certeza pode mostrar muito, principalmente para turistas encarapitados em ônibus especiais.
Para quem vive aqui, contudo, principalmente se adotar um comportamento crítico e tiver conhecimentos para avaliar o que acontece, o desespero é grande.
Simplesmente olhando os cabos de empresas de TV a cabo desmanchando em varais presos aos postes da Copel ganhamos convicções que se reforçam andando por calçadas (Cascaes, Cidade do Pedestre), quando existem, frequentemente mal cuidadas e até deformadas pelo afundamento do solo, provavelmente acompanhando falhas de serviços e água e esgoto.
Ônibus bonitos e modernos parando em pontos abandonados há anos e o famigerado anti-pó cobrindo, mal e porcamente, muitas ruas colocam seus usuários em risco de acidentes, ou simplesmente os afugentam. Nas calçadas cercas vivas de uma planta especialmente perigosa para pessoas que têm dificuldades visuais e motoras denominada Coroa de Cristo[1] são armadilhas ou barreiras que avisam os pedestres a procurarem outros caminhos. Casas com cachorros perigosos e cercas mal feitas, completam um cenário que impõe até a senhoras com carrinhos de bebê a usarem as ruas para se deslocarem. A descrição desse circo em que o povo fica no picadeiro vai longe...
E a fiscalização? Será que os funcionários das concessionárias e da Prefeitura assim como os  políticos não conhecem a cidade? Há necessidade do 156 ou algum 088 para registrar queixas óbvias e existentes há muito tempo, apesar de muitas reclamações públicas e formais?
Terceirizamos a cidadania[2].
Elegemos administradores que simplesmente esperam a formalização de queixas para iniciarem providências que em muitos casos deveriam ser imediatas, urgentes, como o fazem para garantir o trânsito motorizado. Criaram megaestruturas que azem jus ao que se diz: “quanto mais gato, mais rato”.
O custo da alienação é elevado. As estatísticas de acidentes, doenças evitáveis, poluição etc. demonstram que acreditar na própria incapacidade de reagir é um mau negócio. Se todo indivíduo registrasse e comunicasse o que sabe estar errado as repartições públicas seriam menores, reduzindo impostos e a degradação das cidades.
Um exemplo fantástico que entrará para a história do Brasil foi o quase levante popular de junho deste ano. Maravilhosamente o povo brasileiro acordou.
O que assusta é o esforço da mídia comercial, engajada ou cooptada por contratos de propaganda e outros, procurando desesperadamente mostrar valores antigos, que levaram o Brasil a esse buraco sem fim.
Felizmente existem as redes sociais, blogs, youtube e até telefones que, apesar de seus defeitos, oferecem agora informações inexistentes até pouco tempo passado.
Está muito evidente que o ser humano bem informado e com um pouco de coragem pode muito, mais ainda com as facilidades de mobilização existentes.
Graças a isso podemos e devemos também perguntar o que fazem os fiscais, servidores, funcionários, colaboradores, gerentes etc. de concessionárias, Prefeituras, agências reguladoras etc. Será que só atuam quando algum 0880 ou 156 é usado? Não enxergam o que existe em volta? Não sentem onde pisam? Não usam o transporte coletivo urbano, postos de saúde, sistemas de telefonia, TV a cabo, energia, saneamento básico, não dependem da qualidade e segurança policial e dos serviços essenciais?
Cascaes
23.8.2013

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Serviços Essenciais: http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre: http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/






[1] Coroa-de-cristo (Euphorbia milii) é um arbusto espinhoso originário de Madagascar, muito difundido no Brasil, onde é utilizado como planta ornamental e como proteção em cercas vivas. Conhecida popularmente no Brasil como "Coroa-de-cristo", "Colchão de Noiva", "Dois Irmãos", "Bem-Casados", Coroa-de-Espinhos", "Martírios", "Duas Amigas", "Coroa-de-Nossa-Senhora" entre outras denominações.
Seu nome científico, Euphorbia millii, foi proposto por Des Moulins em homenagem ao Barão Pierre-Bernard Milius, governador pela França da Ilha de Bourbon, atual Ilha Reunião, que levou algumas destas plantas para o Jardim Botânico de Bordeaux em 1821.

[2] Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.
O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (indireto), seja ao concorrer a um cargo público (direto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade. (Wikipédia)

Luta de Liminares


De: RCM [mailto:araujorcm@globo.com]
Enviada em: quinta-feira, 22 de agosto de 2013 09:40
Para: RCM
Assunto: Mais Liminares ....mais custos



Uma ponta de muitos icebergs???

De: RCM [mailto:araujorcm@globo.com] Enviada em: sexta-feira, 23 de agosto de 2013 08:18 Para: RCM Assunto: É só um iceberg passando.... http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=20211 Roberto Pereira d´Araujo

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Desgoverno mundial totalitário


De: Adriano Benayon [mailto:abenayon.df@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 19 de agosto de 2013 13:18
Para: 'Amilcar Brunazo Filho'
Assunto: artigo: Desgoverno mundial totalitário

Desgoverno mundial totalitário
Adriano Benayon * - 16.08.2013

01. Estamos diante de mudança qualitativa na situação mundial, tanto no plano econômico como no político.

02. Depressão, desemprego crescente, concentração e financeirização absurdamente elevadas -  incompatíveis sequer com o pouco que restava do estado de direito -  têm levado ao Estado totalitário, cujas instituições aplicam meios e armas tecnológicas, nunca dantes vistas, para desinformar, espionar e reprimir as pessoas.

03. Poucos países, como Rússia, China e Irã, não se comportam como capachos do império angloamericano, sofrendo, por isso, pressões militares, políticas e constante campanha denigridora, apesar de com ele colaborarem em muitos terrenos e questões (1). Nem esses se desvencilharam plenamente da oligarquia financeira angloamericana, absoluta em numerosas nações subjugadas, de todos os continentes.

04. Isso, inclusive porque o império logra manter seu sistema financeiro fraudulento, inclusive o dólar e o euro no grosso das transações mundiais  e constituindo mais de 90% das reservas de divisas (só o dólar, mais de 60%).

05.  Sem a ameaça do poder militar e sem as incríveis manipulações nos “mercados financeiros” pelos bancos da oligarquia, o dólar teria, de há muito, perdido toda credibilidade.

06. Essa moeda é emitida em quantidades colossais, mais de vinte trilhões tendo sido passados aos bancos da oligarquia financeira angloamericana e a alguns europeus a ela vinculados, para livrá-los do colapso criado por esses próprios bancos, com a orgia dos derivativos.

07.A injeção de dinheiro no sistema financeiro oligárquico, por parte dos tesouros nacionais e dos bancos centrais, através da criação de moeda, levou os tesouros a se superendividar, e os bancos centrais a exceder os limites toleráveis de emissões.

08. Por isso, não haverá como usar o mesmo “remédio” no próximo colapso, que terá consequências ainda piores que as do anterior, de 2007/2008, inclusive, como já aconteceu em Chipre, o confisco de haveres dos depositantes.

09. Desde o anterior, com as empresas produtivas e as pessoas em dificuldades, os bancos quase não emprestaram aos que produzem, e geraram a bolha do dólar e as dos mercados de títulos e de ações.

10. De fato, os governos títeres fizeram o contrário do que recomenda a ciência econômica não pautada pela submissão ideológica à oligarquia:  deixar falir os grandes bancos e aplicar recursos financeiros na produção em bases saudáveis, desmontando carteis e oligopólios e fomentando pequenas e médias empresas, bem como fortalecendo as estatais e investindo na infra-estrutura.

11. O montante dos derivativos não registrados em bolsas (over the counter), que  havia ultrapassado 600 trilhões de dólares  no auge da “crise” em 2008, voltou a fazê-lo em 2011 (dados do Bank for International Settlements – BIS).

12. Grande, se não a maior,  parte dos derivativos revelou-se podre, por serem pacotes de obrigações securitizadas, em cuja base estavam  instrumentos de crédito-débito sem condições de serem adimplidos.

13. Os vultosos prejuízos resultantes desencadearam o colapso e deveriam ter causado a falência dos grandes bancos, cujos controladores, executivos e acionistas haviam obtido ganhos bilionários com as fraudes.

14. A sequela do colapso financeiro foi a depressão e o desemprego nos EUA, Inglaterra, Japão e na quase totalidade da Europa, com reflexos em todo o Mundo.

15. Aí entra a desinformação. Nos EUA, os órgãos oficiais falseiam  as estatísticas de diversas formas, inclusive superestimando a  produção, ao aplicar aos preços deflatores muito inferiores à inflação verdadeira, e subestimando o desemprego.

16. Mas as pessoas sentem a deterioração de suas condições de vida e protestam. Diante disso, a oligarquia recorre à repressão policial, reforçando cada vez mais a natureza totalitária do poder público que controla. É o inelutável reverso político da medalha econômica e social.

17. O  Estado policial, a serviço da oligarquia, já estava consolidado antes da implosão das Torres Gêmeas, em Nova York,  e do míssil disparado contra o Pentágono, em Washington, em 11.09.2001, pois praticar um golpe dessa magnitude, conseguir ocultá-lo na “investigação”, reprimir os que demonstraram a verdade e impor à mídia a difusão da mentira oficial, são façanhas só possíveis sob instituições totalitárias.

18. Esse golpe -  vale recordar  – foi perpetrado para aterrorizar a população, obter do Congresso mais leis repressoras e “justificar” ações de guerra de grande envergadura, no Oriente Próximo e no Norte e Leste da África, no Afeganistão, Iraque,  Líbia, e mais recentemente Síria.

19. Muita gente  imagina que a oligarquia não tem como evitar a depressão e crê que ela não entende como a política econômica a poderia suprimir.  20. Entretanto, a recorrência das depressões e a continuidade das guerras demonstram que elas não são catástrofes naturais, mas, sim, deliberadamente cultivadas, além de consequência da concentração extrema do poder econômico, causada pelas políticas públicas comandadas pela oligarquia.

21. A oligarquia tem por objetivo central aprofundar e tornar absoluto seu poder econômico e político. Para isso, nada melhor que tornar pobre a grande maioria dos razoavelmente prósperos e a totalidade dos trabalhadores, que, em situação de vida menos desfavorável,  contariam com recursos financeiros e tempo para organizar-se e resistir à concentração do poder e aos desmandos da repressão totalitária.

22. Um exemplo disso ocorre com os brasileiros, que, se empregados, têm de desperdiçar cinco horas diárias estressando-se no trânsito. Além disso, o lazer é arruinado pela anticultura, e pela promoção de vícios e pela destruição  de valores inculcadas pelos meios de comunicação e de entretenimento.

23. Os moderníssimos e cada vez mais poderosos instrumentos da eletrônica e da informática são intensamente empregados a serviço disso,  como também da espionagem  industrial e a repressiva, causando danos às economias nacionais  e  à privacidade e à segurança de cada indivíduo.

24.  O Brasil, transformado em zona passiva da exploração e da opressão imperiais,  tem o “privilégio” de votar na urna eletrônica menos confiável do Mundo, e agora seus eleitores vão ser submetidos pela “Justiça” ao cadastramento biométrico, ficando, assim, expostos a mais abusos contra seus direitos.

25. Por mais absurdo que pareça às mentes sadias, infere-se o objetivo de dizimar a população mundial, por parte da oligarquia instituidora da  “nova ordem mundial”. Basta, para isso, ver o que ocorre,  há decênios.

26. Percebe-se mais um “sentido” da depressão econômica: favorecer o aumento da subnutrição, da má nutrição e das doenças, inclusive através do estresse, fonte da intoxicação endógena e da perda da imunidade.

27.  O fomento das doenças, além de fonte de lucros das indústrias da “saúde”, faz “controle demográfico”, complementando o controle da natalidade.  Para tanto, estão aí os transgênicos, agrotóxicos, o lançamento de rastros químicos por aviões, a gigantesca poluição de produtos como  petróleo e seus derivados, carvão,  xisto, os da indústria química e n outros.

28. Na mesma direção,  refrigerantes, fumo, drogas, antibióticos, quimioterapia, radioterapia e os hormônios, inclusive administrados ao gado e aves. Ademais, a medicina orientada pelos interesses financeiros da indústria farmacêutica e da de equipamentos médicos.

(1) O caso emblemático do analista Snowden provocou a fúria dos agentes imperiais, tendo o presidente Putin agido com exemplar firmeza, ao lhe conceder asilo, em contraste com a atitude dúbia da China, que rapidamente o despachou para a Rússia.

* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

São Pedro mostrava mau humor e os gerentes do Setor Elétrico arriscaram demais



De: Roberto no Ilumina [mailto:roberto@ilumina.org.br]
Enviada em: sexta-feira, 9 de agosto de 2013 10:45
Para: Roberto no Ilumina
Assunto: Las Brujas (www.ilumina.org.br)

Las Brujas (www.ilumina.org.br) – Ler abaixo.







Os gráficos dão para desconfiar. No ano passado vivia-se a expectativa do anúncio da redução tarifária de energia elétrica. Afinal, a FIESP tinha feito uma milionária campanha exigindo do governo medidas para “dar competitividade à indústria”, como se tudo dependesse disso.

O que é estranho é que, desde Fevereiro de 2012, São Pedro mostrava seu “mau humor”. Apesar da energia natural das afluências terem ficado bem abaixo da carga (aproximadamente 12.000 GWh/mês), o aumento de uso das térmicas foi tímido. Coincidentemente, apenas depois de setembro, o despacho dobrou gerando um recorde do uso de térmicas e causando toda essa confusão que agora exige recursos do tesouro (leia-se do bolso do contribuinte).

Só quando setembro vier????    No creo en las brujas, pero que las hay, las hay!




Aeroportos, aviões, comportamento humano e a acessibilidade e segurança da PcD, idosos e pessoas adoentadas

Aeroportos, a acessibilidade e segurança
Quem vê cara não vê coração, artérias, intestinos etc.
Um padrão de pessoa com deficiência(s) é raramente observado como seria justo e necessário. Quantos brasileiros e brasileiras são portadores de doenças graves e obrigados a viver como se gozassem da maior saúde?
Quando de alguma forma revelam suas limitações são respeitados?
É interessante notar a reação de gente que até se coloca em posição de liderança e professa crenças de solidariedade.
A surdez, por exemplo, é um pesadelo quando ao envelhecer, ainda participando de eventos e confraternizações, percebe-se que em volta acreditam que a culpa é sua. Por que não usa prótese?
Em um seminário importante chegamos a pedir mudança de sala para podermos participar; um cidadão arrogante e metido a líder, pior, aceito como tal, simplesmente disse que também era surdo e não via dificuldade de manter o pessoal reunido onde estava. E em eventos mais sérios a falta de utilização de recursos de apoio adequados é um suplício. Quando existem são mal utilizados. Até em feiras dedicadas a PcDs constatamos a total indiferença a limitações de seus clientes, valendo mais o exibicionismo de ONGs e palestrantes. Lá, contudo, as limitações são visíveis, sensíveis, e onde e quando isso não acontece?
Essa é a situação de rotina entre pessoas com doenças graves sem sinais exteriores.
O problema é até maior e mais perigoso quando se vive em lugares agressivos a doenças e lesões de que se é portador. Pessoas com diabetes, hipertensas e doenças similares assim como lesões internas sabem o que significa, por exemplo, frequentar bares e restaurantes sem cuidados em seus serviços. Em viagens internacionais, quando muito, o cardápio atende preceitos religiosos. Talvez em primeira classe e executiva seja diferente... Nos shopping centers os banheiros são colocados distantes de áreas de alimentação e outros lugares de refeições e bebidas de maneira a obrigar as pessoas a circularem entre lojas, e os idosos, PcD e pessoas com problemas urinários e intestinais?
As cidades brasileiras não costumam oferecer banheiros públicos. Assim muitos lugares ao amanhecer parecem circuitos de excrementos e urina...
Cardápios mal feitos e sem orientação clínica são uma aventura para pessoas com doenças crônicas.
Nos aeroportos e dentro de aviões e navios, lugares fechados sem opção de serviços, no mínimo seria adequado a oferta de alimentos especiais, ainda que cobrados à parte. Vemos as viagens aéreas gradativamente perdendo qualidade sem que entidades internacionais intervenham para garantir os passageiros. Agências e associações existem para vigiar aviões, e os serviços das concessionarias?
O interessante é a bajulação e a ganância. Quem já ocupou cargos de relevância sabe como o atendimento muda quando veem medalhas, galões ou indícios de poder...
No mundo que almejamos queremos respeito e amor ao próximo. Se amar é impossível, pelo menos tratamentos dignos e independentes de cargos e riquezas são possíveis. É algo maravilhoso, por exemplo, lembrar a França no auge de sua grande revolução quando todos eram tratados simplesmente como cidadãos ou cidadãs. Nessa planície o respeito mútuo é essencial. Talvez a sombra da guilhotina suavizasse vaidades...
Para os idosos, pessoas que raramente gozam de perfeita saúde e capacidades características dos jovens, o pesadelo é constante. A deseducação e a alienação dos mais jovens traem a má educação. Não é sem razão. Por algumas décadas vivemos entre lideranças que pareciam detestar gente, preferindo libélulas à segurança das pessoas.
Filhos únicos, paparicados em excesso, vão se tornar que tipo de adultos?
A Humanidade precisa dar atenção a si própria, cuidar dos seres humanos com carinho e atenção a cuidados necessários à saúde, ao conforto e à dignidade que merecemos.
É bom que os jovens adultos de hoje não se esqueçam de que serão os idosos, se viverem o suficiente. A construção do futuro que lhes é reservado depende deles.
Incidentes podem marcar dolorosamente a vida de qualquer um sem deixar outras marcas que a humilhação sofrida ou sequelas na saúde que mostrarão adiante os seus efeitos. Tudo pode ser esquecido se de alguma forma foram corrigidos por piedade  ou inspiração, mas as lesões físicas não perdoam.
Passamos por um episódio devastador há poucos anos.
Um filho com deficiência auditiva profunda trabalhava na Dinamarca. Após três meses, como era habitual para qualquer trabalhador temporário naquele continente, foi à Coréia do Sul passar um mês e ao retornar, desconhecendo nova legislação a respeito, foi impedido de embarcar. Ou seja, ficou morando no aeroporto por quase uma semana até que conseguíssemos entender o que acontecia e comprar uma passagem direta para o Brasil, graças aos amigos de uma empresa de turismo.
O desespero para todos nós foi imenso e só não foi pior porque uma empresa de aviação ou de turismo (comercial) deu o apoio (internet) para podermos agir, além da orientação simples e óbvia lembrada por um amigo (eng. Antonio Borges dos Reis) que não atinávamos: telefonar para a embaixada brasileira (pouco atuante) em Seul.
Inacreditavelmente sentimo-nos sem chão, onde pisar. A própria empresa de aviação que era responsável pela passagem atrapalhava-se mais e empurrava de um para outro quem deveria informar de forma objetiva e direta.
Viajando pela Europa (eu e minha esposa) ficamos surpresos com o péssimo atendimento e padrão de comunicação em aeroportos gigantescos, os piores.
A competição visando atender um público saudável e que viaja muito transformou empresas e aeroportos em estábulos de luxo.
É impressionante, também a desatenção flagrante com a possibilidade de epidemias em espaços de convergência nas alfândegas. Quando muito dão papeizinhos e questionários pouco eficazes, mais ainda em doenças que se manifestam de forma traiçoeira. Nosso planetinha sacrifica a segurança no altar dos interesses comerciais, custe o que custar.
Assim não é de se estranhar a precariedade de atendimento.
Com idade maior e naturalmente portadora de doenças debilitantes sentimos a indiferença de profissionais adequados e instalações inteligentes.
É um problema geral que não se limita aos aeroportos.
Quantos brasileiros e brasileiras são portadores de doenças graves e obrigados a viver como se gozassem da maior saúde?
Quando de alguma forma revelam suas limitações são respeitados?
É interessante notar a reação de gente que até se coloca em posição de liderança e professa crenças de solidariedade.
A surdez, por exemplo, é um pesadelo quando ao envelhecer, ainda participando de eventos e confraternizações, percebe-se que em volta acreditam que a culpa é sua. Por que não usa prótese?
Em um seminário importante chegamos a pedir mudança de sala para podermos participar; um cidadão arrogante e metido a líder, pior, aceito como tal, simplesmente disse que também era surdo e não via dificuldade de manter o pessoal reunido onde estava. E em eventos mais sérios a falta de utilização de recursos de apoio adequados é um suplício. Quando existem são mal utilizados. Até em feiras dedicadas a PcDs constatamos a total indiferença a limitações de seus clientes, valendo mais o exibicionismo de ONGs e palestrantes. Lá, contudo, as limitações são visíveis, sensíveis, e onde e quando isso não acontece?
Essa é a situação de rotina entre pessoas com doenças graves sem sinais exteriores e PcD.
O problema é até maior e mais perigoso quando se vive em lugares agressivos a doenças e lesões de que se é portador. Pessoas com diabetes, hipertensas e doenças similares assim como lesões internas sabem o que significa, por exemplo, frequentar bares e restaurantes sem cuidados em seus serviços. Em viagens internacionais, quando muito, o cardápio atende preceitos religiosos. Talvez em primeira classe e executiva seja diferente... Nos shopping centers os banheiros são colocados distantes de áreas de alimentação e outros lugares de refeições e bebidas de maneira a obrigar as pessoas a circularem entre lojas, e os idosos, PcD e pessoas com problemas urinários e intestinais?
As cidades brasileiras não costumam oferecer banheiros públicos. Assim muitos lugares ao amanhecer parecem circuitos de excrementos e urina...
Cardápios mal feitos e sem orientação clínica são uma aventura para pessoas com doenças crônicas.
Nos aeroportos e dentro de aviões e navios, lugares fechados sem opção de serviços, no mínimo seria adequado a oferta de alimentos especiais, ainda que cobrados à parte. Vemos as viagens aéreas gradativamente perdendo qualidade sem que entidades internacionais intervenham para garantir os passageiros. Agências e associações existem para vigiar aviões e detalhes genéricos e frios de aeroportos, e os serviços das concessionarias dentro e fora dos veículos de transporte?
O interessante é a bajulação e a ganância. Quem já ocupou cargos de relevância sabe como o atendimento muda quando veem medalhas, galões ou indícios de poder... Isso explica e muito a ignorância da Corte em relação à plebe.
No mundo que almejamos queremos respeito e amor ao próximo. Se amar é impossível, pelo menos tratamentos dignos e independentes de cargos e riquezas são possíveis. É algo maravilhoso, por exemplo, lembrar a França no auge de sua grande revolução quando todos eram tratados simplesmente como cidadãos ou cidadãs. Nessa planície o respeito mútuo é essencial. Talvez a sombra da guilhotina suavizasse vaidades...
Para os idosos, pessoas que raramente gozam de perfeita saúde e capacidades características dos jovens, o pesadelo é constante. A deseducação e a alienação dos mais jovens traem a má educação. Não é sem razão. Por algumas décadas vivemos entre lideranças que pareciam detestar gente, preferindo libélulas à segurança das pessoas.
Filhos únicos, paparicados em excesso, vão se tornar que tipo de adultos?
A Humanidade precisa dar atenção a si própria, cuidar dos seres humanos com carinho e atenção a cuidados necessários à saúde, ao conforto e à dignidade que merecemos.
É bom que os jovens adultos de hoje não se esqueçam de que serão os idosos, se viverem o suficiente. A construção do futuro que lhes é reservado depende deles.
Análise da Resolução ANAC Nº 280 DE 11/07/2013 (Federal)
Preâmbulo:
Resolução ANAC Nº 280 DE 11/07/2013 (Federal)
Data D.O.: 16/07/2013
Dispõe sobre os procedimentos relativos à acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial ao transporte aéreo e dá outras providências.
A Diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, no exercício das competências que lhe foram outorgadas pelos arts. 8º, incisos IV e X, e 11 da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, tendo em vista o disposto nas Leis nºs 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e nos Decretos nºs 5.296, de 2 de dezembro de 2004, e 6.949, de 25 de agosto de 2009, e
Considerando o que consta do processo nº 60800.174362/2011-11, deliberado e aprovado na Reunião Deliberativa da Diretoria realizada em 11 de julho de 2013,
Resolve:
Comentário:
Portaria que chega na undécima hora, sem considerar os prazos estabelecidos pela legislação existente.
Infelizmente os grandes aeroportos estão extremamente mal preparados para receber multidões, mesmo na expectativa de epidemias perigosas. Os idosos (muito pior para a PcD) são vítimas brutais desse gigantismo mercantilista, pois o que vale é o capricho de arquitetos e decisões de carteis de turismo e do transporte aeroviário. O Brasil pode mudar isso, pois nossos aeroportos ainda são relativamente pequenos e estão sendo reformados.
A favor de ajustes devemos ter campanhas educativas permanentes em redes de TV, redes sociais, etc.
O Ministério Público Federal (além dos menores) e o Poder judiciário ajudariam muito se abraçassem essa causa.
Art. 1º Estabelecer, nos termos desta Resolução, os procedimentos relativos à acessibilidade de passageiro com necessidade de assistência especial (PNAE) ao transporte aéreo público.
Art. 3º Para efeito desta Resolução, entende-se por PNAE pessoa com deficiência, pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, gestante, lactante, pessoa acompanhada por criança de colo, pessoa com mobilidade reduzida ou qualquer pessoa que por alguma condição específica tenha limitação na sua autonomia como passageiro.
Ao criar nova sigla tem-se a impressão que os autores dessa resolução desconhecem  tudo o que se tem feito para disciplinar conceitos e siglas.
Art. 4º As comunicações entre operadores aeroportuários, operadores aéreos e seus prepostos devem empregar os códigos constantes no Anexo I desta Resolução.
DEAF - Passageiro com deficiência auditiva (especificar se acompanhado de cão treinado para seu auxilio). (só isso em relação ao surdo?)
A pessoa com deficiência auditiva depende de próteses e, ou o acompanhamento de tradutores especializados em linguagem de sinais, que não são cães nem similares.
Equipamentos modernos de tradução para linguagem de sinais podem ser usados em aeronaves e aeroportos? Quais?
Essa é uma situação que pode ser complementada pelo cão guia de acordo com explicado em http://cartilhajuridica.blogspot.com.br/2008/01/acompanhamento-por-ces-guia.html
Com certeza o cão pode ser um protetor do idoso, PcD e até crianças, exigiria, contudo, definições, conceitos e regulamentação além de instituições que treinem os animais para o fim específico.
CONFIGURAÇÃO DE AERONAVES
1. As aeronaves que irão entrar em serviço pela primeira vez ou que tenham que realizar uma remodelação de vulto deverão ser adequadas em conformidade com as normas de acessibilidade da ABNT, no que se refere à localização preferencial dos assentos reservados a passageiros em cadeira de rodas, equipamentos de bordo, incluindo assentos com braços móveis (removíveis ou escamoteáveis), cadeiras de rodas de bordo (especialmente com relação à sua adequação à configuração da aeronave), lavatório, iluminação e sinalização adequados, exceto quando a adequação for julgada impraticável pelo órgão certificador.
1.1. Para as adequações de que trata o item 1, deverão ser ainda observados os seguintes parâmetros:
a) aeronaves com 30 (trinta) ou mais assentos deverão ter, pelo menos, a metade de seus assentos de corredor com descanso de braço móvel; e
b) aeronaves com 100 (cem) ou mais assentos deverão dispor de pelo menos uma cadeira de rodas de bordo.
1.2. Os operadores aéreos não são requeridos a prover assentos de corredor com descanso de braço móvel em fileira de assentos nas quais o PNAE seja impedido de ocupar, devido ao cumprimento de qualquer requisito emitido pela ANAC que abarque aspectos de segurança de cabine.
1.3. Os assentos mencionados na alínea “a” do item 1.1 devem estar disponíveis em todas as classes de serviço da aeronave, proporcionalmente ao número de assentos de corredor pertencentes a cada classe de serviço.
1.4. Os operadores aéreos não são obrigados, por força desta Resolução, a modificar suas aeronaves para atender aos requisitos estabelecidos neste Anexo. Entretanto, caso os operadores aéreos substituam os assentos de suas aeronaves por assentos recentemente fabricados, os mesmos deverão possuir descanso de braço móvel junto ao(s) corredor(es). Em nenhuma hipótese o operador é requerido a instalar assentos com descanso de braço móvel em quantidade superior à estabelecida na alínea “a” do item 1.1.
1.5. Os operadores aéreos, nacionais ou estrangeiros, deverão cumprir com os requisitos estabelecidos na alínea “a” do item 1.1 e nos itens 1.2 e 1.4 com respeito a aeronaves que foram inicialmente encomendadas após 5 de abril de 1990 e entregues após 5 de abril de 1992. O item 1.3 se aplica aos operadores aéreos com respeito a aeronaves que foram inicialmente encomendadas após 13 de maio de 2009 ou que foram entregues após 13 de maio de 2010.
1.6. O cumprimento do que trata o item 1.4 se aplica aos assentos novos encomendados após 13 de maio de 2009.
1.7. Observada a regra estabelecida nos itens 1.1 a 1.6, caso ocorra inviabilidade de instalação de assentos com descanso de braço móvel em uma determinada classe de serviço da aeronave, devido ao modelo do assento não oferecer esse opcional (por exemplo, assentos de primeira classe com mesas retráteis integradas ao descanso de braço), aceita-se como método alternativo prover espaço suficiente entre o assento em questão e o assento/divisória imediatamente à frente, de modo a permitir a entrada, no espaço citado, da cadeira de rodas disponibilizada pelo operador. Desta forma, procede-se à transferência do PNAE ao assento sem impedimento por parte do braço encontrar-se na trajetória.
As aeronaves deveriam ter painéis de comunicação ótica e auditiva com instruções específicas para idosos, PcD, crianças e pessoas com doenças epidêmicas. Esses painéis e meios de manipulação devem ser ajustados a utilização e cultura de nosso povo.
Toaletes?
Art. 20. O embarque e o desembarque do PNAE que dependa de assistência do tipo STCR, WCHS ou WCHC devem ser realizados preferencialmente por pontes de embarque, podendo também ser realizados por equipamento de ascenso e descenso ou rampa.
§ 1º O equipamento de ascenso e descenso ou rampa previstos no caput devem ser disponibilizados e operados pelo operador aeroportuário, podendo ser cobrado preço específico dos operadores aéreos.
§ 2º É facultado ao operador aéreo disponibilizar e operar seu próprio equipamento de ascenso e descenso ou rampa.
§ 3º Os operadores aéreo e aeroportuário estão autorizados a celebrar contratos, acordos ou outros instrumentos jurídicos com outros operadores ou com empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo para disponibilização e operação dos equipamentos de ascenso e descenso ou rampa previstos nos §§ 1º e 2º deste artigo.
§ 4º Excetua-se do previsto no caput o embarque ou desembarque de PNAE em aeronaves cuja altura máxima da parte inferior do vão da porta de acesso à cabine de passageiros em relação ao solo não exceda 1,60 m (um metro e sessenta centímetros).
§ 5º Nos casos especificados no § 4º deste artigo, o embarque ou desembarque do PNAE podem ser realizados por outros meios, desde que garantidas suas segurança e dignidade, sendo vedado carregar manualmente o passageiro, exceto nas situações que exijam a evacuação de emergência da aeronave.
§ 6º Para fins do disposto no § 5º deste artigo, carregar manualmente o passageiro significa sustentá-lo, segurando diretamente em partes de seu corpo, com o efeito de elevá-lo ou abaixá-lo da aeronave ao nível necessário para embarcar ou desembarcar.
§ 7º Cabe ao operador aéreo prover os meios para o embarque ou desembarque do PNAE nos casos especificados nos §§ 4º e 5º deste artigo.
Escadas e condições de embarque devem ser aprimorados. As escadas existentes são perigosas, principalmente onde a PcD depende de situações especiais. Isso se aplica a obesos, idosos, cadeirantes de forma absurda em aeroportos regionais.
Uma solução seria a produção e utilização de vagonetes com sistemas de elevação de passageiros ao nível de embarque com sistemas pantográficos, pneumáticos ou similares.
Art. 27. O PNAE com deficiência ou mobilidade reduzida deve ser acompanhado sempre que:
I - viaje em maca ou incubadora;
II - em virtude de impedimento de natureza mental ou intelectual, não possa compreender as instruções de segurança de voo; ou
III - não possa atender às suas necessidades fisiológicas sem assistência.
§ 1º Nos casos previstos nos incisos I a III deste artigo, o operador aéreo deve prover acompanhante, sem cobrança adicional, ou exigir a presença do acompanhante de escolha do PNAE e cobrar pelo assento do acompanhante valor igual ou inferior a 20% (vinte por cento) do valor do bilhete aéreo adquirido pelo PNAE.
§ 2º O operador aéreo deverá fornecer resposta por escrito, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, às solicitações de acompanhante previstas neste artigo.
PNAE com deficiência? Não é redundância?
A compreensão das instruções de voo será minimizada se as operadoras e aeroportos tiverem sistemas de comunicação e apoio adequados. Qual é o limite de responsabilidade do viajante e das operadoras e dos aeroportos?
Art. 36. Os operadores aéreos e aeroportuários devem implementar sistema de controle de qualidade de serviço prestado a PNAE, com base nos atendimentos realizados.
Quais serão os indicadores de atendimento e qualidade? Metas e cronograma?
Art. 37. Os operadores aéreos e aeroportuários devem realizar e manter, por 2 (dois) anos, os registros dos atendimentos a PNAE, para acompanhamento e controle estatístico, devendo ser cadastradas, conforme cada caso, as seguintes informações:
I - para cada serviço de transporte aéreo de PNAE realizado:
a) data de realização;
b) aeroportos de origem, destino e conexão;
c) tipo(s) da(s) aeronave(s) que realizou(aram) o transporte;
d) tipo(s) de atendimento(s) prestado(s), de acordo com os códigos do Anexo I desta Resolução;
e) ajuda(s) técnica(s), equipamento(s) médico(s) ou demais equipamentos disponibilizado(s);
f) realização ou não de comunicação prévia, nos termos do art. 9º ou do art. 21; e
g) presença ou não de acompanhante e de cão-guia ou cão guia de acompanhamento; e
II - para cada serviço de transporte aéreo de PNAE solicitado e não realizado:
a) data da solicitação do serviço; e
b) motivo da recusa ou falha na prestação do serviço.
Art. 38. Os operadores aéreos e aeroportuários devem realizar e manter, por 2 (dois) anos, o registro sobre troca de informações entre operadores e com o PNAE, incluindo os momentos de recebimento e transmissão de cada informação.
Por quê 2 anos? Só vale para a Copa do Mundo e Olimpíadas?
As informações serão auditadas por quem?
Temos empresas de auditoria técnica ou vamos continuar dependendo da boa vontade de ONGs?
Art. 39. Os operadores aéreos e os operadores de aeroportos onde operem voos regulares devem manter, em período integral de suas operações, funcionário responsável por acessibilidade a ser consultado para solução de eventuais ocorrências relacionadas ao atendimento ao PNAE.
§ 1º O responsável por acessibilidade deve estar disponível para contato de forma presencial ou por outros meios que permitam o atendimento imediato.
§ 2º A orientação do responsável por acessibilidade não pode contrariar uma decisão baseada em segurança operacional adotada pelo piloto em comando.
Na ausência desse “responsável” quem dará cobertura?

Cascaes
9.8.2013